A sessão da Câmara dessa segunda feira (22) iniciou bastante turbulenta, mas terminou conforme previsto, com a suspensão dos trabalhos parlamentares do vereador Gilmar Rosa, até a conclusão da Comissão Processante, que iniciou em 27 de agosto e apura acusações feitas por servidores, que afirmaram terem sidos coagidos, intimidados e humilhados por ele durante o período em que esteve na presidência do Legislativo. A comissão apura ainda se Gilmar realmente modificou a jornada de trabalho de alguns funcionários, baseado no viés da perseguição.

Antes mesmo da abertura dos trabalhos no Plenário, Gilmar questionou o requerimento, inclusive soltou um áudio gravado em seu celular, onde supostamente o vereador Francisco Lopes trazia relatos e "xingamentos" contra alguns colegas da casa e suas religiões e já adiantava que deveria ser o próximo presidente do Legislativo, o que fortalecia segundo ele, sua tese de que trata-se de "uma ação política".

Apesar de não termos tido acesso ao conteúdo, o áudio foi vinculado pouco antes do início da sessão por Gilmar. Os vereadores que foram citados nele disseram que gostariam de ter acesso a gravação.

Enfim, (08) vereadores incluindo o presidente Estafano Spaluto decidiram pelo sim, ao afastamento temporário de Gilmar, entre eles; Chico Lopes, Dorival Soares, Renato Vieira Cassu, Ronaldo Danilo, Lorevilson Cavalcante, Rafael Comeron e Celso Caiubi.

Mediante a suas convicções apresentadas durante a sessão, acompanhando o viés de que tratava-se de "ato político" e que geraria custos a Câmara, já que ambos, tanto Gilmar quanto o novo vereador Armando Machado "Nei" receberiam salários de R$ 4,460,00 (quatro mil quatrocentos e sessenta reais) , os vereadores Joaquim Fonseca, Reginaldo Corrêa e o próprio Gilmar votaram contra a suspensão.

Dado o resultado, Gilmar recusou-se inicialmente em deixar a bancada. O presidente da Câmara solicitou a presença da Polícia Militar para conduzi-lo. Até reforço policial foi solicitado, mas o vereador já suspenso deixou a Câmara tranquilamente sem resistências.

Antes de sair ele falou ao Buri Conectado.

" O que foi feito hoje nesta casa, totalmente um arrepio a lei. Até eu que sou o "réu" pude votar. O presidente votou, não é matéria de 2/3  e sim matéria de maioria simples e o presidente votou. Veja bem, você num juri popular condenando uma pessoa, quanto tem sete jurados, o réu possa votar. Vai acontecer isso, os jurados votam e o réu também, não existe isso. Isso é uma afronta a lei, entrarei com mandado de segurança para suspender essa sessão". Finalizou Gilmar

Por Buri Conectado