Durante a tarde dessa quinta feira (25) surgiram rumores sobre a possibilidade do cancelamento do rodeio e suas atrações previstas para janeiro de 2019, evento que celebraria o aniversário da cidade. O Buri Conectado entrou em contato com o prefeito Omar Chain assim que soube, para saber se tratava-se de uma informação verdadeira. Omar confirmou aparentemente frustrado, que havia sido realmente cancelado.

Ele não entrou em detalhes sobre o que teria acontecido, mas apontou que a origem do problema deu-se na gestão anterior.

"Infelizmente.. O Ú expulsou um fiscal do trabalho da prefeitura e deu nisso"... Disse Omar.

Tivemos acesso a parte de um documento 'termo de audiência' datado em 10 de outubro, que traz rasas informações sobre um ajuizamento do Ministério Público do Trabalho contra a prefeitura de Buri e um valor escrito e destacado à caneta de R$ 2.870.000,00 ( dois milhões, oitocentos e setenta mil reais) que seria referente a uma 'multa' , consequência de uma possível irregularidade trabalhista cometida durante a gestão de Ú Fonseca. O documento aponta que Omar e mais dois advogados compareceram na audiência. O ex prefeito além de não comparecer, não enviou um advogado para sua defesa.

O que de fato ocorreu?

Foi o questionamento que fizemos para ambos, tanto o atual como para o ex prefeito. Omar se prepara para realização de exames médicos e concordou em dar uma entrevista na próxima semana ao Buri Conectado, onde deverá dar detalhes sobre o caso.

Mais tarde, Ú Fonseca se manifestou dizendo que não sabia do que se tratava, mas que buscaria informações.

Disse ainda que o Ministério Público do Trabalho é bastante exigente e que por conta disso já teria sido notificado 'mesmo já tendo renunciado o cargo' a pagar uma multa no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), por falhas ligadas as normas previstas para os trabalhadores da limpeza pública 'lixeiros'.

" Só pra você saber, os promotores públicos querem saber do banheiro para os lixeiros. Já pensou mandar um caminhão com banheiro químico acompanhar o caminhão da coleta de lixo?" Disse o ex prefeito,

Na ocasião um "fiscal", que segundo Omar teria sido expulso pelo ex prefeito, teria ido até a prefeitura propor um acordo através de um TAC 'Termo de Ajuste de Conduta' onde a prefeitura se comprometeria a corrigir essas falhas. Mas segundo Ú Fonseca, o fiscal o procurou fora do expediente, além disso, naquele horário o funcionário responsável por protocolar documentos realizava serviços externos ou seja, não estava na prefeitura. Ainda segundo o ex prefeito, foram enviados mais outros dois funcionários a fim de receber o documento, mas que o fiscal teria se recusado a entregar.

"... ele não quis entregar, dai fui lá e falei pra esperar até as 13h ou protocolar com as advogadas em frente à prefeitura. Foi a hora que eu pedi pra ele se retirar, já que eu não iria pedir pro porteiro abrir a porta. A porta estava trancada como sempre e só abriria as 13h para o público como sempre foi". Disse Ú.

Por conta disso o TAC deixou de ser firmado e a questão foi parar na Justiça. Porém segundo o ex prefeito, houve um acordo. Ele pagaria os 10 mil reais, valor que deveria ir para o FAT ' Fundo de Amparo ao Trabalhador" -- Órgão Federal -- mas que foi direcionado para a APAE, mediante a solicitação na época e autorização do Juiz. A prefeitura por sua vez deveria corrigir tais falhas e cumprir as exigências, que segundo ele, não o fez.

"Houve um acordo em 2016 onde eu fiquei com o valor de 10 mil pra pagar pra APAE e a prefeitura corrigir as falhas e cumprir as exigências do fiscal. Ocorre que a prefeitura não cumpriu. Dai tomou uma multa de R$ 2.870.000,00 e intimada a ir acertar na audiência neste mês..." [SIC]

Ele acredita que essa 'multa' deriva-se da falta de correção dos mecanismos, junto ao funcionário durante o serviço e disse ainda que a prefeitura certamente já deve ter realizado um acordo com o MPT e consequentemente o dinheiro deverá ser direcionado para departamentos sociais da cidade.

"Agora no dia 10 a prefeitura fez um bom acordo segundo a defesa. Não sei detalhes, mas pode ter certeza que essa multa por não ter corrigido os “mecanismos junto ao funcionário durante o serviço “ foi parcelada e normalmente o dinheiro vai para o FAT "FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR" (órgão federal). Mas o juiz permitiu solicitação da prefeitura e a multa será revertida para departamento social de Buri". Finalizou Ú Fonseca.

Resta agora aguardarmos o que será detalhado na próxima semana, pelo prefeito Omar Chain. Dessa forma ouviremos as duas partes e definitivamente saberemos o que ocorreu.

Imagem Arquivo Pessoal BC
Por Buri Conectado