“O Dia Internacional da Mulher é uma data simbólica e que representa a luta histórica das mulheres por direitos civis e por igualdade.

Sua celebração, contudo, deve ser fonte de reflexão, confrontando os progressos obtidos e o longo caminho a percorrer na busca pela verdadeira igualdade e por respeito.

Em outras palavras, se houve avanços no campo do voto e da plena capacidade da mulher, hoje liberta do jugo paterno e do cônjuge, ao menos em termos legais, somente alguém alheio à realidade pode afirmar que as mulheres alcançaram o lugar que lhes cabe por direito.

Infelizmente, ainda há desigualdade salarial para ocupantes de mesmos cargos, discriminação e machismo intrincado no seio das famílias, da sociedade e das instituições.

Enfim, há muito que se conquistar. Nós, membros e funcionárias do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil, ocupamos, hoje, funções que até outrora cabiam exclusivamente a homens, e, mesmo com os obstáculos do caminho, testemunhamos que o lugar da mulher é onde ela quiser, pois temos a mesma capacidade e podemos assumir grandes responsabilidades, desempenhando nossos misteres com gentileza e técnica”.

 Natália Cristina Torres Antonio 
 Juíza de Direito