Duas histórias similares - que apesar dos mais de 700km de distância (08h 23min) uma da outra -acabaram se cruzando em Buri.

São relatos de pessoas que afirmam ter caído no 'golpe da pulseira' e que as golpistas possivelmente estejam vivendo em Buri.

A vítima 1, conforme a trataremos, é formada em administração de empresas e trabalha atualmente como assistente social na cidade onde vive, Guaratinguetá (SP). Tivemos acesso também a relatos de uma segunda pessoa que trataremos de vítima 2, que mora em Presidente Prudente (SP).

A pulseira - que segundo nossa rápida pesquisa no site oficial da marca custa entre R$ 168,00 à R$ 450,00 (média) - estaria sendo oferecida há um valor atrativo em grupos nas redes sociais.

A oferta teria sido o chamariz para ambas, que logo entraram em contato com as supostas vendedoras.

As vítimas trocaram mensagens e realizaram os depósitos conforme sugerido. Após desconfiarem do que se tratava, tentaram contato mas teriam sido bloqueadas ou ignoradas.

Trecho de uma das conversas:


A vítima 1 informou ainda que após relatar que tomaria providências, recebeu mensagens que confirmavam o golpe e a ameaçava.

"... Viu tenta a sorte porque essa foto é fake, não tem nenhuma Juliana aqui e perante ser presos, já estamos pagando por vários crimes. Bom é melhor parar de encher o saco porque tenho seu endereço vadia do caraio, ninguém aqui tá preocupado com foto. Eu não sou mulher, acorda, você caiu em golpe da maior cadeia da Capital, comprasse em site confiável sua burra, vadia ..." responderam do outro lado.

Trecho de uma das conversas:


Lamentando não ter percebido o golpe, a vítima 1 disse ao Buri Conectado que a pessoa do outro lado foi bastante convincente, teria justificado o valor promocional atribuindo à necessidades financeiras e teria prometido o envio da nota fiscal.

O Segundo Caso.

Situação similar a da vítima 2, que ao descobrir o golpe, não exitou em postar em grupos do Facebook - relacionados a Buri - o ocorrido e nomes de possíveis envolvidos. Segundo ela, a pessoa mencionada teria entrado em contato alegando que o valor seria devolvido, caso as acusações fossem retiradas das redes sociais.


"... publiquei na feira do rolo de Buri, no site da prefeitura de Buri, ai essas mulheres que fazem parte da quadrilha entraram em contato comigo, pediram pra fazer um acordo, me devolviam o dinheiro se eu retirasse a publicação. Combinei de retirar até o dia seguinte e se o dinheiro não estivesse em minha conta até esse horário, eu publicaria novamente" disse.

Tomada pela frustração, a vítima 1 seguiu o mesmo caminho. Segundo ela, foi pesquisando através de outros grupos e com ajuda terceiros que obteve mais informações sobre a localização real das supostas vendedoras. Mas, apesar de também ter relatado o ocorrido em grupos sociais - ligados a Buri - não obteve retorno.

"... Ela tinha dito que era de Alumínio (SP). Depois que ela falou que era um golpe, comecei a adicionar todo mundo do face dela, mas aí comecei a ver que ninguém a conhecia pessoalmente, que era fake. Quando eu contei a história outras pessoas acreditaram em mim e começaram a me ajudar. Então vi que era mulher mesmo e depois dos grupos descobri que a cidade era Buri", disse.

Em posse de todo conteúdo, ambas registraram Boletim de Ocorrência em suas respectivas cidades e aguardam as investigações da Polícia.
Por Buri Conectado