Os 32 profissionais da educação de Buri (auxiliares de professores para atendimento educacional especializado - cuidadores de crianças especiais) foram orientados a estar na Prefeitura as 13h dessa segunda feira (18) para assinar a rescisão de seus contratos.

Eles estiveram lá, mas, na tentativa de ouvir uma boa explicação do prefeito Omar Chain ou da secretária de educação Barbara Patriarca sobre a rescisão e se negaram assina-la.  Eles desmentiram a justificativa dada mais cedo pela secretária ao Buri Conectado, de que não estariam trabalhando de forma remota.

Os professores contratados disseram que estavam sim trabalhando, auxiliando professores titulares e os alunos especiais nas atividades não presenciais.

Nós entramos em contato novamente com a secretária de educação Bárbara Patriarca:

"Boa tarde! Os grupos de Whatsapp formado pelas escolas para o envio das atividades tem como responsável o professor regente de sala, os cuidadores acompanham os alunos nas salas de aula. Se houver necessidade de adaptar as atividades dos alunos especiais cada escola tem um professor especialista das Salas de Recursos Multifuncionais. 

A dispensa pode ter certeza que não é por vontade da municipalidade, é que realmente não há justificativa para as contratações e já há diversos apontamentos em vários municípios pelo mesmo motivo. Quanto as rescisões é de responsabilidade do Departamento Pessoal" disse.

Barbara Patriarca disse ainda que Buri não é a única cidade da região a dispensar os professores contratados.  

"Itaberá por exemplo suspendeu o contrato de 100% dos professores. Itapeva e Taquarivaí estão sem nenhum professor contratado." disse.

Nós confirmamos a informação junto a Secretaria de Educação de Itapeva. Lá os eventuais responsáveis por salas, devido ao afastamento de professores titulares, ou com salas livres, permaneceram. Já os que apoiavam, em sala, crianças com necessidades especiais, foram dispensados. Dos mais de 200 profissionais, permaneceram entre 30 e 40. 

O pagamento desse número reduzido de pessoas pode ser justificado posteriormente no Tribunal de Contas.

Mais cedo ao BC Barbara Patriarca mencionou de forma similar sobre essa questão.

"(...) não temos previsão de retorno às aulas e não teria como justificar ao Tribunal de Contas a continuidade da contratação desses profissionais" disse.

Os professores dispensados solicitam o pagamento daquilo que julgam ser correto de acordo segundo eles, com cláusulas referente a quebra do contrato que estava previsto vencer em 14 de dezembro. 

Eles também disseram que sentem-se como objetos, 'DESCARTÁVEIS' e que não querem sair com uma 'mão na frente e outra atrás'. 

O vereador Reginaldo Correa enviou ao prefeito Omar Chain um ofício onde pede para que ele não dispense os professores contratados. 

Nós não conseguimos contato com o prefeito Omar Chain. 

Assista ao que disseram os professores clique aqui

Imagem reprodução BC
Por Buri Conectado