Personalidade forte e guerreira; são duas palavras bastante utilizadas por aqueles que a descrevem.

Mas Selda Carvalho Batista também foi muito solidária, participativa e discreta. A homenagem foi mais que merecida e tem o peso da história da 'baianinha arretada' que escolheu Buri para viver até seus últimos dias.

Nascida em Encruzilhada (BA) em 1963 Selda decidiu mudar-se pra São Paulo (SP) onde conheceu o seu companheiro, esposo e buriense Roberto Sachse. União que se estendeu por 34 anos e 10 meses.

Selda pisou pela primeira vez em Buri em 1981, onde permaneceu por três anos. Em dezembro de 1990 retornara em definitivo.

Ela foi gerente da extinta casa noturna 'Di-Mãe' por um período, mas depois decidiu produzir seus próprios eventos no antigo Recreativo Buriense. Eventos esses que mobilizavam a sociedade e que 'sacudiam' o setor comercial.

Em 1995 abriu sua loja e até meados dos anos 2000 conciliou seu negócio com os eventos que eram sua alegria. Após esse período dedicou-se à causas sociais. Selda participou por exemplo dos primeiros chás da Apae, angariou fundos para vários projetos incluindo no Nova Esperança.

Ela bem que tentou se dedicar mais ao Movimento dos Voluntários no Combate ao Câncer de Buri. Dado seu vislumbre pelo tratamento humanizado à aqueles que apresentavam dificuldades durante o tratamento contra o câncer, doença a qual infelizmente não conseguiu superar.

Em 26 de abril de 2016 ao mesmo tempo que o céu ganhava uma linda e brilhante estrela, perdíamos um ser humano incrível, 

A mulher que doava estoque de sua loja aos finais de ano para ações sociais diversas, que ajudou discretamente muita gente através de seus fiéis amigos, que falava o que vinha em mente e que lutou por 2 anos contra um câncer, descansa agora no colo de Deus. 





Depoimentos ...

"Uma das matérias mais difíceis de escrever, as lágrimas foram inevitáveis. Sempre que passava em frente de sua loja, me chamava "vem mi, rapidinho você já vai". Passavam-se as horas e nós lá batendo aquele papo gostoso, tomando um cafezinho, dando altas risadas. As vezes ela me dava uns conselhos, chamava minha atenção. Ai daquele que falasse algo contra mim perto dela. Certa vez ela me disse que ninguém que não conhecesse minha história e origens poderia falar algo a meu respeito e isso me marcou. Quantos cortes, tratamentos. Ultimamente eu estava indo na casa dela, fazer o cabelo dela. Ela me chamava e eu ia lá. Ser humano incrível estava ali" Michel Lopes


"Selda, você foi uma grande mulher que lutou muito e estava sempre a disposição das pessoas que te procuravam, quaisquer que fosse sua necessidade. Foi sempre uma amiga inesquecível e hoje nada me resta a não ser aceitar a tristeza e o luto sem ter você aqui. Você deixou saudades eternas e estará sempre em meu coração, em minhas orações e minhas memórias. Descanse em paz, amiga!" Carminha Cafundó.


"Minha sempre querida Selda. Considero-me uma pessoa de muita sorte por ter te conhecido. Vivemos bons momentos juntas e demos muitas risadas durante os anos da nossa amizade. Até que você partiu. Com você aprendi a confiar totalmente em alguém, sempre procurando explorar o lado bom das pessoas. Você era de uma sabedoria ímpar e de um coração gigante. Sabia falar as palavras certas na hora certa, dando bons conselhos. Carrego dentro do meu coração, com muito carinho, o seu companheirismo. Hoje Buri, cidade que você adotou como sua, te faz uma bela e merecida homenagem: a Alameda Selda Carvalho. Fiquei muito feliz e orgulhosa. Desejo que esteja em paz e que Deus esteja ao seu lado. Sinto muito a sua falta e te amarei para sempre" Silvia Stecca.


"Selda era uma amiga maravilhosa, uma amiga que eu muito admirava, era o tipo de companhia que se amava ter por perto. Alma caridosa, coração de ouro, mulher inteligente, empreendedora e de infinito valor. Construiu com sua força e determinação, prosperidade e se vê em suas filhas, toda dignidade e luta que existia em suas veias. Quantas histórias vivi com você minha amiga, quanto amor, companheirismo e plenitude encontrava em nossa amizade e quanta saudade da mulher excepcional que você sempre foi. Obrigada por fazer parte da minha vida, você foi, é e sempre será uma parte alegre e maravilhosa de mim, pra sempre te amarei" Cidinha Cruz.


"Selda! Que falar sobre você? Super difícil e super fácil. Uma pessoa enigmática, coração enorme, sofria pelos outros, não media esforços se solicitada ou se percebesse que alguém estava em dificuldades. Tinha gosto refinado, não pensava para falar mas ao mesmo tempo era sensata e determinada. Amiga sincera, não sabia fingir, fez a alegria de muitas pessoas, quer seja vendendo roupas lindas e elegantes, quer seja realizando festas maravilhosas. Nem todos a entendiam, mas todos a respeitavam. Selda ouço falar que Deus chama os especiais e você certamente era especial" Claudete Provasi.



A Alameda Selda Carvalho fica atrás do Espaço de Eventos Roque Rosa Lima/ Clubinho velho restaurado recentemente pela Prefeitura de Buri.

Fotos acervo da família gentilmente cedidas
Por Buri Conectado