A cidade de Buri completou 50 dias sem registro de casos de Covid-19 nesta quarta feira (19). O último óbito em decorrência da doença foi a pouco mais de seis meses, no dia 12 de janeiro deste ano, totalizando 116 vítimas desde o início da Pandemia.

De acordo com a Secretaria de Saúde, a vacinação teve papel fundamental no recuo do Coronavírus. Conforme os dados, 93,5% da população buriense tomou ao menos as doses primárias dos imunizantes. A SMS lembra que as vacinas continuam disponíveis para toda a população, a partir dos seis meses de idade, em todas as unidades de Saúde das 8h às 16h.

O início.

A Covid-19 chegou ao Brasil em meados de fevereiro de 2020, desde então causou euforia e levou cidadãos burienses a procurar por itens de proteção e higienização em farmácias e drogarias. Três meses depois, em 13 de maio do mesmo ano, Buri confirmava seu primeiro caso

O ano aterrorizante e mortal.

O ápice da doença foi em 2021, as ruas silenciaram. Na medida em que os hospitais ficavam lotados, crescia o sentimento de medo. Pacientes chegaram a aguardar por transferência nos leitos improvisados no Pronto Atendimento Municipal. Alguns dos que conseguiram ainda em vida, voltaram sem ela. O luto pairou pela cidade diante da dor das famílias, que diariamente enterravam às pressas seus entes queridos. Neste período medidas eram semanalmente anunciadas na tentativa de evitar a disseminação da doença, bem como o colapso da economia local. 

A solução.

A vacina chegou em Buri em 21 de Janeiro de 2021 e foi destinada inicialmente aos idosos e profissionais da Saúde. As primeiras a receberem as doses da Coronavac, produzidas pelo Instituto Butantan em São Paulo em parceria com o laboratório chinês Sinovac, foram a técnica de enfermagem aposentada Neri Francisco Caetano Moraes de 56 anos e a enfermeira Edna Maria Francisco de 57 anos.

Com o tempo e de maneira decrescente alcançou os demais públicos conforme a idade.

"(...) é importante que as pessoas entendam que através da vacina caminhamos para o fim da Pandemia. Aprendemos o quanto devemos dar valor ao simples ato de respirar e percebemos que somos todos iguais e precisamos uns dos outros. Fica um sentimento de fragilidade, tristeza pelos que se foram, alegria por aqueles que venceram e gratidão por todos os profissionais que estiveram lutando na linha de frente da Covid 19".

Por Michel Lopes