O Conjunto Habitacional (Buri G) levou tempo para ser concluído. Foram cerca de dez anos até que finalmente pudesse ser entregue.

 Oque deveria ter sido um alívio, na verdade se transformou num "problemão".

Recentemente nós mostramos a reclamação de alguns moradores, incomodados com a forma lenta com que a energia elétrica (interna) estava sendo distribuída nos domicílios (Reveja)

O problema  se agravou. As residências aparentemente vazias, estão sendo ocupadas dia a dia por outras pessoas. Elas alegam que "possivelmente" estes imóveis não teriam dono ou estariam abandonados. São várias as justificativas para as invasões, entre elas, desinteresse ou a não precisão do proprietário sorteado, falta de condições financeiras pra locar um imóvel, etc...

Além disso, eles afirmam que alguns domicílios estão sendo vendidos à preços simbólicos e/ou até mesmo alugados.

Letícia é uma dessas pessoas que adentraram os imóveis por conta. Ela alega que a casa em que está vivendo com seus filhos, atualmente sem água e sem luz, aparentemente não tem dono. Ela teria procurado a prefeitura para saber mais informações a respeito, e segundo, ninguém soube responder. 

Ouça oque ela disse: (vídeo disponível para PC)


Maria Rosa vive nas mesmas condições anteriormente informadas. Ela foi uma das primeiras a ocupar uma residencia no bairro. Segundo ela, a casa onde vive atualmente com duas crianças pequenas não teria dono e que deveria ser disponibilizada para um suplente. Ela disse ainda que sua mãe havia ficado de suplente, porém ela já é falecida e então, teria apresentado uma documentação, na tentativa de transferir para seu próprio nome.

Ouça oque ela disse: (vídeo disponível para PC)



Suelem  informou como era sua vida antes da ocupação e alega não ter condições de pagar aluguel. Ela revelou informações que merecem plena atenção dos responsáveis pelo Conjunto, onde informa que casas estão sendo vendidas a preços baixos e também alugadas. 

Ouça oque ela disse: ( vídeo disponível para PC).




Não são apenas elas a ocuparem residências no  Buri G. Várias outras pessoas também fizeram o mesmo, mas não quiseram falar. O número não é oficial, mas estima-se que pelo menos 10 casas já tenham sido invadidas.

Nós entramos em contato com João Paulo Francisco, citado pelas moradoras e por telefone ele nos informou que todo esse processo desde a entrega, averiguações sobre condições dos proprietários, possíveis punições, entre outros, não cabem à prefeitura. A empresa responsável pelo CDHU é quem deverá resolver tais questões, por sinal,  provavelmente nos próximos dias, já que segundo ele, existe uma visita marcada pra Buri.

Ele disse ainda que apesar da alegação dessas moradoras, em que afirmam terem filhos pequenos e não terem condições de locar um imóvel, os critérios estabelecidos pela empresa são outros. Ao que parece, tão logo esses moradores terão que deixar os imóveis ocupados.

"O Conjunto Habitacional “Edmundo Pezzoni” – BURI G foi inaugurado em 16 de Dezembro de 2016 sem energia elétrica nas unidades habitacionais, esse é um dos principais motivos para que muitos mutuários não se mudassem de imediato para o empreendimento. Outro motivo para o conjunto possuir alguns imóveis desocupados é a demora na conclusão do mesmo, seu início foi em 2007 (sorteio dos mutuários e suplentes – Gestão Jorge Loureiro), 10 anos se passaram e nesse período pessoas faleceram, mudaram para outras cidades, se separaram ou não foram localizadas pela CDHU, dificultando a adequação de documentos. Nesses casos de não adequação, a companhia CDHU segue a lista de suplentes. Quanto à fiscalização de quem possui ou não algum imóvel em seu nome, é de responsabilidade da CDHU.
A Prefeitura Municipal de Buri, em nenhum momento incentivou ou autorizou famílias a invadir as unidades desocupadas, pois apenas a CDHU pode autorizar essa ocupação, onde o mutuário ou suplente assina um Termo de Entrega das chaves.
Todas as pessoas que procuraram a Prefeitura foram informadas sobre o assunto. Segundo informações da própria CDHU, a possibilidade dessas famílias que ocuparam as residências de forma indevida ficarem nas unidades habitacionais é pequena. A CDHU está tomando as devidas providências cabíveis para a retomada dos imóveis o mais breve possível".

Por Buri Conectado