Alunos, técnicos e professores da UFSCar - Lagoa do Sino | Buri - reuniram-se pela manhã em Campina do Monte Alegre, em apoio ao movimento convocado por sindicatos e movimentos estudantis - que ocorre em todo o Brasil - contra o bloqueio de recursos para a educação anunciado pelo Ministério da Educação (MEC).
Eles percorreram por algumas ruas da cidade carregando cartazes e dizendo palavras de ordem contra o corte.
Segundo informações o movimento foi pacífico e reuniu cerca de 100 pessoas.
O técnico de laboratório e também diretor do sindicato dos técnicos da UFSCar - SINTUFSCAR - André Pereira da Silva falou ao Buri Conectado.
" ... a manifestação nacional hoje é uma resposta aos cortes impetrados pelo governo de federal.
Foram 30% de cortes no orçamento de custeio das universidades, sem contar os cortes no ensino básico. Entendemos que essa atitude corresponde a um ataque direto à educação pública e de qualidade, em total consonância com o projeto de privatizações desse governo, que primeiro sucateia pra depois dizer q precisa privatizar.
As universidades são os centros de excelência, produtora de 95% das pesquisas e 90% das patentes brasileiras, sem contar as atividades de extensão e as políticas sociais que incluem jovens provenientes do ensino médio público na universidade.
Há falta de diálogo e de transparência nesses cortes, que começaram com 3 universidades acusadas de balbúrdia (o que corrobora a perseguição) depois esses cortes se estenderam para todas as universidades e institutos federais, impedindo a continuidade de diversas áreas do tripé acadêmico, ensino, pesquisa e extensão.
Aqui na UFSCar Buri, tanto docentes, como Técnicos e discentes, aprovaram a paralisação do dia de hoje.
Essa é uma paralisação nacional da educação e a intenção é mostrar para o governo que nos importamos com as instituições de ensino e de dialogar com a população sobre essas atitudes que estão sendo tomadas". Disse André Pereira.
O presidente Jair Bolsonaro - que está em Dallas (EUA) - falou a imprensa e disse que não gostaria de 'contingenciar verbas', em especial da educação, mas que o bloqueio é necessário. Ele chamou os manifestantes de "idiotas'.
Fotos: Acervo de universitários
Por Buri Conectado