Cinco famílias, cerca de vinte e duas pessoas entre elas,  nove crianças, uma de 02 anos "especial" e uma gestante, dividem há um mês, o mesmo espaço no ginásio de esportes Silvério Monteiro no bairro Além Linha, desde que foram obrigados a deixar suas casas, invadidas em janeiro pela enchente.

Durante a manhã dessa quarta feira (17) eles estiveram reunidos no plenário da Câmara Municipal com o Promotor  de Justiça Marlon Fernandes e também alguns políticos, para um TAC " Termo de Ajuste de Conduta", que garantiria que a Prefeitura, tomaria as devidas providências com relação aos problemas enfrentados pelas famílias.

Nem a prefeita Renata Arato, secretário ou representante da prefeitura compareceu. A prefeita Renata Arato disse desconhecer a audiência e que não recebeu nenhuma intimação. O mesmo foi informado pela secretária de Assistência Social Raquel Almeida. Não conseguimos contato com o secretário da Defesa Civil Vanderlei de Freitas.

Raquel Almeida informou ao BC que inicialmente, foi dado amparo e suporte a todas as famílias vítimas das enchentes, com a distribuição de cestas básicas, produtos de limpeza para higienização de residências à aqueles que conseguiram retornar, marmitas, água entre outros. Para as famílias que estão alojadas no Silvério Monteiro, teria sido oferecido "aluguel social" sem limite de valor segundo Raquel. Segundo elal, a indisponibilidade de casas para locar em Buri complicou ainda mais a situação, porém, uma das casas encontradas no Jd. Brasil, teria sido recusada, devido a preferência deles pelo bairro São José. A partir daí, após novos contatos por telefone para certificarem se os mesmos haviam encontrado casas no bairro da preferência, a Assistência Social teria sido informada de que não precisaria mais contacta-los e que dali em diante a conversa seria judicial.

Renato Aparecido de Lima, porta voz das famílias desabrigadas disse que a proposta oferecida pela Defesa Civil e Assistência Social era de colocar duas famílias na primeira casa que apareceu, com apenas 02 cômodos. A segunda, apesar da insistência de que não, havia um morador dentro, que segundo Renato Lima teria alugado o imóvel naquela manhã. A terceira casa era cortada por esgoto a céu aberto e devido a crianças, inclusive uma bebê de 02 anos e especial, a família se recusou ficar ali.

Renato Lima falou que quer ajuda da prefeitura, conforme  teria sido prometido à eles, na reconstrução de suas casas, no levantamento dos terrenos, já que segundo ele, a prefeitura abriu uma rua com nível mais alto que o das residências e em decorrência disso, alaga toda vez que chove, e água encanada, já que o poço utilizado por eles estaria contaminado.

A audiência dessa quarta feira (17) não pode ser concluída e o caso está nas mãos da Promotoria.

Por Buri Conectado