A prefeitura de Campina do Monte Alegre moveu uma ação de improbidade administrativa e pediu o bloqueio dos bens de dois servidores, apontados no relatório de uma empresa de auditoria contratada pelo prefeito Gil Vicente.

O relatório aponta que houve alteração na folha de pagamento e desvio de dinheiro.

A  juíza Dra. Larrissa Gaspar Tunalla da Vara Cívil da cidade e Comarca de Angatuba determinou o bloqueio e após notificados, os funcionários terão 15 dias para apresentar a defesa à Justiça.

O caso está sendo investigado também pelo Ministério Público que apura supostos desvios que beiram o equivalente a R$ 475.000,00 (quatrocentos e setenta e cinco mil reais) dos cofres da prefeitura. Além disso disso o MP verifica supostas irregularidades na aplicação de recursos do FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.

Sobre o caso os vereadores da Campina do Monte Alegre abriram no início do ano uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) para apurar possíveis irregularidades na aplicação dos recursos do Fundeb. Após o relatório final eles afastaram por (8 votos a 0) o prefeito Gil Vicente de suas funções na prefeitura - durante sessão extraordinária em abril. O vice prefeito ocupou o lugar durante o afastamento.

Em seguida o prefeito solicitou junto ao MP um Mandado de Segurança, suspendendo os efeitos do decreto nº 81/2019. Não demorou muito a juíza Dra. Larissa Gaspar Tunalla acatou o 'MS' permitindo seu retorno às funções como prefeito municipal.

Na ocasião Gil Vicente falou ao Buri Conectado.

"... o sentimento mais do que de felicidade é de alívio. Porque você começa a se passar por bandido, por um negócio 'tão', perto de tanta coisa podre que a gente pegou ali naquela prefeitura, de desvio de recurso público e irregularidades, que, eu estou sendo afastado por algo que não fiz. Tudo falha de uma mesma pessoas que já está sendo apontada pelo Ministério Público, pedindo bloqueio dos bens.
Ela causou tudo isso e estão querendo jogar na minha responsabilidade. É como se eu contratasse um médico pra atender no posto, o médico amanheceu na balada e pra não perder o dia de serviço foi trabalhar e depois ele acabou cometendo um ato, ai querem, ah ele matou uma pessoa, quem que vai responder? o médico que trabalhou bêbado ou o prefeito que não sabia de suas condições? Então... eles estão querendo inverter os valores" disse o prefeito.

Dias depois Gil chamou o Buri Conectado e várias outras pessoas para acompanhar a divulgação de planilhas que ilustrariam os possíveis desvios e que posteriormente ficariam a disposição da população local.

O prefeito alegou inocência e disse que havia contratado uma empresa que faria auditoria para investigar os responsáveis pelo suposto desvio.

Sobre a recente decisão da Justiça, procuramos o prefeito. Gil Vicente informou que não estava no município e que ao regressar entraria em contato.

Por Buri Conectado