O prefeito Omar Chain pronunciou-se na manhã dessa segunda feira (20) e comentou sobre as exigências do Ministério Público quanto as informações técnicas referente a covid-19 que incluem os números atualizados de casos suspeitos, descartados e qual seria a resposta do sistema de saúde em caso de contaminação em Buri.

A comunicação do MP à Justiça aconteceu na última sexta feira (17) após o prefeito manifestar através de sua rede social, intenção de flexibilizar o comércio tido como não essencial. A promotoria já havia movido uma Ação Civil Pública contra o governo municipal, solicitando que a Justiça impedisse através de liminar o decreto 27/2020 que previa em caráter especial, a reabertura do comércio durante a semana de pagamentos.

Hoje o prefeito reconheceu que errou em publicar o decreto municipal que segundo ele, atravessava a decisão do decreto estadual.

"(...) realmente naquela ocasião passava por cima de uma decisão do decreto do governo do estado de São Paulo, estávamos errados né, recebi uma intimação a noite, no dia seguinte na primeira hora ele foi revogado" disse.

Porém o prefeito continuou defendendo a tese anterior de que a procura por produtos e serviços em estabelecimentos tidos como não essenciais é menor, a exemplo de lojas de roupas, calçados, móveis, eletros, floricultura e perfumaria, comparado aos ambientes essenciais em funcionamento como, mercados, lotéricas, etc.

Omar disse ainda que na região, a prefeitura de Buri é a que mais tem 'cuidado' de sua população e mencionou a distribuição de máscaras e orientações de distanciamento em filas através da Guarda Civil Municipal, a exemplo de postos bancários e fechamento de pontos turísticos na cidade, entre outros.

O prefeito disse que o MP/SP está alinhado com o pensamento e as determinações do governo paulista e que isso deverá resultar em grande desemprego de forma desnecessária já que segundo ele, a população não escapará de contrair o novo coronavírus através dos estabelecimentos essenciais e transportes coletivos.

Em determinado momento o prefeito usou os termos 'coagido e ameaçado' para ilustrar que a comunicação que chamou de precoce [deles] foi feita através de um pronunciamento no Facebook.

" (...) fui coagido, ameaçado, o caso de Buri gente chama atenção é que 'eles' pedem um documento que não existe, eu fui bem claro que nós estávamos formalizando esse decreto, que seria feito talvez hoje para que a partir de quarta feira, com todos os cuidados, colocaríamos todos os dados de Buri, questão de leito, respirador. (...) Mas numa atitude precoce do MP, porque é o único caso que eu vi uma decisão em cima de uma declaração de Facebook..." disse.

Apesar disso Omar Chain disse que o jurídico da prefeitura trabalha pra fornecer as informações solicitadas e finalizou lamentando sentir-se de mãos atadas frente as determinações do governador, que estão alinhadas com o MP/SP.

"(...) não quero que algum amigo comerciante quarta feira abra suas portas baseados naquela declaração minha de sexta feira" finalizou.

Por Buri Conectado