É sabido que a agitação dos sentimentos é um processo complicado que promove abalo afetivo e moral. Devemos  parar e refletir sobre a importância que damos aos acontecimentos. Mas como?

A mente recebe um turbilhão de informações a todo momento para processar e atender a demanda de uma sociedade imediatista que deseja tudo para ontem. O resultado não poderia ser outro: ansiedade, frustração pelo fato de não conseguirmos resolver os problemas em tempo hábil e a “falta de tempo”. Surgem então os transtornos, síndromes, depressão, as dores e o que quer que o corpo possa reclamar.

Precisamos de tempo para observar as coisas, processar informações, analisar o que está acontecendo com as pessoas com quem convivemos, seus anseios, lutas, frustrações, tentar entender o porquê de suas ações e como contribuir com a melhoria da sua saúde mental.

Observar é um fator de suma importância na complexa equação da boa vivência para compreender a relação entre os fatos, onde o diálogo possa ser o intercâmbio que contribui com o outro e soma conhecimento.

A maioria das pessoas que constantemente se veem em conflitos, sejam internos ou externos tem dificuldade em gerir emoções, se irritam com facilidade, não são polidas nas respostas e insistem na arrogância do eu. Egocêntrico pelo fato de não conseguir enxergar no outro suas dificuldades.

Para colocar a casa em ordem se faz necessário fazer as pazes com o passado, não se preocupar demasiadamente com o futuro, viver o presente de maneira intensa e não cobrar do outro aquilo que não oferecemos, mas administrar a vida e manter o equilíbrio emocional sempre que possível.

Contribuir para o aprendizado dos que estão próximos, pregar a busca pelo autoconhecimento, da aceitação do passado, do entendimento do presente para evitar desequilíbrios e auxiliar aqueles que necessitam ser tratados com uma dose a mais de compreensão.

Entender que os remédios tratam os sintomas, mas que se é preciso lidar com as causas do problema, buscar ajuda e se ajudar, se amar, se perdoar, envolver-se em atividades que proporcionem felicidade, buscar sempre a paz, o amor, o equilíbrio emocional e, principalmente, conhecer a si mesmo.

Por Letícia de Lourdes Gubani Linard.